terça-feira, 31 de maio de 2011

Ken Knab - A alegria da revolução

"Grande parte da retórica esquerdista tradicional procede de noções obsoletas da ética do trabalho: o burguês seria mau porque não realiza nenhum trabalho produtivo, enquanto que os honoráveis proletários mereceriam os frutos de seu trabalho, etc. Com o trabalho tornando-se a cada vez mais desnecessário e dirigido para fins cada vez mais absurdos, esta perspectiva perdeu todo o sentido que porventura teve algum dia. A questão não é elogiar o proletariado, mas aboli-lo".


Yves Lacoste - A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, pra fazer a guerra

Para que serve a geografia e qual sua função social? Nesse livro, Yves Lacoste responde a tais questões e alerta para as conseqüências que ocorrem nas populações atingidas pela “organização” de seus espaços, conclamando os geógrafos a assumir uma posição militante contra a instrumentalização da geografia pelos interesses estatais ou privados.


Jared James - Libertando-se

"O propósito principal deste texto é tentar persuadir os revolucionários de mudar os locais da luta anticapitalista, escolhendo novos campos de batalha. Eu identifico três locais estratégicos de luta - bairros, locais de trabalho, e Casas - o qual eu acredito não só nos permitirá derrotar os capitalistas mas também construir uma nova sociedade nesse processo. A vantagem de mudar o campo de batalha para estes três locais estratégicos é a adoção de uma estratégia ofensiva, não somente defensiva. Quer dizer, não apenas reagir àquilo que não gostamos e queremos destruir, não apenas resistindo ao que eles estão fazendo conosco, mais efetivo que apenas a defesa é também partir para o ataque utilizando nossa criatividade e novas formas sociais. O que significa começar a tomar a iniciativa de construir a vida queremos, lutar para defender a vida, e defender nossas concepções sociais dos ataques da classe dominante. Eu penso que as pessoas estarão muito mais dispostas a lutar por algo assim, que simplesmente afrontar a classe dominante em outros locais, que parecem freqüentemente distantes das suas vidas cotidianas. Mas é bom que tenhamos a clareza de que isto nos envolverá em lutas terríveis. Nunca poderemos estabelecer uma livre-associação em qualquer destes locais sem confrontar diretamente com o poder da classe dominante. Ao listar todas as estratégias que fracassaram não tive por intenção denegrir os esforços revolucionários das gerações passadas. Resistir e derrotar o capitalismo foi um projeto histórico de extensão enorme; revolucionários verteram suas vidas em estratégias que eles consideraram melhores na ocasião. Eu estou simplesmente tentando ponderar e refletir por onde passamos, o que já tentamos, para onde deveríamos ir agora, e o que nós deveríamos estar tentando fazer. Eu não reivindico que a estratégia que eu esboço aqui seja o fim de tudo ou tudo. Trata-se de uma proposta, uma avaliação, uma reflexão daquilo que acho que nos levará à vitória. Mas sou apenas uma pessoa. Elaborando uma nova estratégia anticapitalista, coisa que obviamente é uma tarefa para milhões. Não tenho a pretensão (listando o que eu reivindico como estratégias fracassadas) de dizer que as pessoas deveriam deixar de praticá-las por completo. Mas de discutir estas formas de resistência que, embora tenham realizado muito, não nos levou muito longe em nossa última meta de destruir o capitalismo. Elas não nos permitiram subverter o sistema, derrotar a classe dominante, ou construir uma sociedade livre, contudo não acho que foram em vão. Algumas destas estratégias fracassadas, como o partido de vanguarda leninista, a social democracia, o isolamento, e guerra de guerrilha, deveriam ser totalmente abandonadas. Outras, como manifestações e campanhas pontuais, deveriam ser subordinadas claramente à tarefa principal de trabalhar junto às livre-associações de bairros, locais de trabalho, e Casas. Quanto às estratégias como greves, desobediência civil, ou insurreições, elas estão erradas em si mesmas. Ou seja, não são suficientes, elas não podem derrotar o capitalismo. Para ganhar temos que adotar a somatória de toda uma dimensão".


sábado, 28 de maio de 2011

Mahatma Gandhi - A única revolução possível é dentro de nós


Não é possível libertar um povo, sem antes, livrar-se da escravidão de si mesmo.
Sem esta, qualquer outra será insignificante, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso.
Cada pessoa tem sua caminhada própria.
Faça o melhor que puder.
Seja o melhor que puder.
O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.
Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc.
Nossa caminhada somente termina no túmulo.
Ou até mesmo além...
Segue a essência de quem teve sucesso em vencer um império...


Friedrich Engels - Do socialismo utópico ao socialismo científico

Em 1875, Eugênio Dühring, professor da Universidade de Berlim, publicou um livro que daria conta de uma teoria socialista e de um plano de reorganização da sociedade. Uma tentativa de chamar a seu redor setores do movimento operário para enfraquecimento do Partido Socialista da Alemanha, que vinha se tornando uma potência. Engels escreveu uma série de artigos com severas críticas às pretensões reacionárias desse escritor, reunindo-os em um livro sob o título "A subversão da Ciência pelo senhor Eugênio Dühring", publicado em 1878, que passou a ser conhecido como Anti Dühring. Em 1880, Engels destacou três capítulos desse livro para ser publicado em um folheto sob o título "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico".